sábado, 2 de fevereiro de 2013

El Greco


Toledo7 de abril de 1614) foi um pintorescultor e arquiteto grego que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha. Assinava suas obras com o nome original, ressaltando sua origem.
Nasceu em Creta, que naquela época pertencia à República de Veneza, e era um centro artístico pós-bizantino. Treinou ali e tornou-se um mestre dentro dessa tradição artística, antes de viajar, aos vinte e seis anos, para Veneza, como já tinham feito outros artistas gregos. Em 1570 mudou-se para Roma, onde abriu um ateliê e executou algumas séries de trabalhos. Durante sua permanência na Itália, enriqueceu seu estilo com elementos do maneirismo e da renascença veneziana. Mudou-se finalmente em 1577 para Toledo, na Espanha, onde viveu e trabalhou até sua morte. Ali, El Greco recebeu diversas encomendas e produziu suas melhores pinturas conhecidas.
O estilo dramático e expressivo de El Greco foi considerado estranho por seus contemporâneos, mas encontrou grande apreciação no século XX, sendo considerado um precursor do expressionismo e do cubismo, ao mesmo tempo em que sua personalidade e trabalhos eram fonte de inspiração a poetas e escritores como Rainer Maria Rilke e Nikos Kazantzakis. El Greco é considerado pelo modernos estudiosos como um artista tão individual que não o consideram como pertencente a nenhuma das escolas convencionais. É mais conhecido por suas figuras tortuosamente alongadas e uso freqüente de pigmentação fantástica ou mesmo fantasmagórica, unindo tradições bizantinas com a pintura ocidental.
Em sua época teve somente dois seguidores de seu estilo: o seu filho Jorge Manuel Theotokópoulos e Luis Tristán.

















O número exacto das obras de El Greco é uma questão controversa. Em 1937, um estudo fortemente influente, pelo historiador de arte Rodolfo Pallucchini, fez com que houvesse um número muito maior de obras aceites como sendo de El Greco. Pallucchini atribuiu a El Greco um tríptico na Galeria Estense, emMódena (ver imagem), com base numa assinatura, na parte de trás do painel central do tríptico ("Χείρ Δομήνιχου", criado pela mão de Doménikos). Houve consenso quanto a que o tríptico era de fato uma das primeiras obras de El Greco e, portanto, a publicação de Palluchini tornou-se a bitola para as atribuições das obras ao artista.No entanto, Wethey negou que o tríptico de Módena tinha alguma relação ao artista e, em 1962, publicou um catálogo raisonné, em reação, com uma reduzidíssima lista de obras. Considerando que José Camón Aznar, historiador de arte, atribuiu entre 787 e 829 quadros ao mestre cretense, Wethey reduziu esse número para apenas 285 obras autênticas e Halldor Sœhner, pesquisador de arte espanhola, reconheceu apenas 137.Wethey e outros estudiosos rejeitaram a noção de que Creta tivesse algum crédito na sua formação e sustentou a eliminação de várias séries da obra de El Greco.
Desde 1962 a descoberta de Dormition e a extensa pesquisa arquivada gradualmente convenceram os estudiosos de que as afirmações de Wethey não eram totalmente corretas, e que o seu catálogo pode ter distorcido a percepção da inteira natureza das origens, desenvolvimento e obra de El Greco. A descoberta de Dormition conduziu à atribuição de três outras obras assinadas "Doménicos" para El Greco (Tríptico de ModenaSt. Luke Painting the Virgin and Child, e A Adoração dos Magos) e daí à aceitação de mais obras, como autênticas – algumas assinadas, outras não (tais como Paixão de Cristo (Pietà com Anjos) pintada em 1566), – que foram trazidas para o grupo das primeiras obras de El Greco. El Greco é agora encarado como um artista com treino e formação cretenses; uma série de obras iluminaram o estilo inicial de El Greco, algumas pintadas enquanto ele ainda se encontrava em Creta, algumas da sua época de Veneza, e algumas de quando ele estava em Roma.Até Wethey afirmou que "ele [El Greco] provavelmente pintou o disputado tríptico da Galeria Estense antes de deixar Creta".No entanto, controvérsias sobre o número exato de obras autênticas de El Greco continuam por encontrar um desfecho, e o status do catálogo de Wethey está no centro desses desentendimentos.

Hieronymus Bosch

















Jeroen van Aeken, cujo pseudónimo é Hieronymus Bosch, e também conhecido como Jeroen Bosch, ('s-Hertogenbosch, c. 1450 — Agosto de1516), foi um pintor e gravador Holanda dos séculos XV e XVI.
Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas ecaricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no seu tempo.
Pintores alemães como Martin SchongauerMatthias Grünewald e Albrecht Dürer influenciaram a obra de Bosch. Apesar de ter sido quase contemporâneo de Jan van Eyck, seu estilo era completamente diferente.
Especula-se que sua obra terá sido uma das fontes do movimento surrealista do século XX, que teve mestres como Max Ernst e Salvador Dalí.
Pieter Brueghel o Velho foi influenciado pela arte de Bosch e produziu vários quadros em um estilo semelhante.

O seu nome verdadeiro era Jheronimus (ou Jeroen) van Aken. Ele assinou algumas das suas peças como Bosch, derivado da sua terra natal, 's-Hertogenbosch. Em Espanha é também conhecido como El Bosco.
Sabe-se muito pouco sobre a sua vida. A não existência de documentos comprovativos de o pintor ter trabalhado fora de Hertogenbosh levam a que se pense que Bosch tenha vivido sempre na sua cidade natal. Aí se terá iniciado nas lides da pintura na oficina do pai (ou de um tio), que também era pintor.
Foi especulado, ainda que sem provas concretas, que o pintor terá pertencido a uma (das muitas) seitas que na época se dedicavam às ciências ocultas. Aí teria adquirido inúmeros conhecimentos sobre os sonhos e a alquimia, tendo-se dedicado profundamente a esta última. Por essa razão, Bosch teria sido perseguido pela Inquisição. Sua obra também sofreu a influência dos rumores do Apocalipse, que surgiram perto do ano de 1500.
Existem registros de que em 1504 Filipe o Belo da Borgonha encomendou a Bosch um altar que deveria representar o Juízo final, o Céu e o Inferno. A obra, atualmente perdida (sem unanimidade julga-se que um fragmento da obra corresponde a um painel em Munique), valeu ao pintor o reconhecimento e várias encomendas posteriores. Os primeiros críticos de Bosch conhecidos foram os espanhóis Filipe de Guevara e José de Sigüenza. Por outro lado, a grande abundância de pinturas de Bosch na Espanha é explicada pelo fato de Filipe II de Espanha ter colecionado avidamente as obras do pintor.
Bosch é considerado o primeiro artista fantástico.
Atualmente apenas se conservam cerca de 40 originais seus, dispersos na sua maioria por museus da Europa e Estados Unidos. Dentre estes, a coleção do Museu do Prado de Madri é considerada a melhor para estudar a sua obra, visto abrigar a maioria daquelas que são consideradas pelos críticos como as melhores obras do pintor.
As obras de Bosch demonstram que foi um observador minucioso bem como um refinado desenhista e colorista. O pintor utilizou estes dotes para criar uma série de composições fantásticas e diabólicas onde são apresentados, com um tom satírico e moralizante, os vícios, os pecadose os temores de ordem religiosa que afligiam o homem medieval. Exemplos destas obras são:
A par destas obras, que imediatamente se associam ao pintor, há que referir que mais de metade das obras de Bosch abordam temas mais tradicionais como vidas de santos e cenas do nascimento, paixão e morte de Cristo.
O original tríptico As Tentações de Santo Antão está incorporado no Museu Nacional de Arte Antiga a partir do antigo Palácio Real das Necessidades. Desconhecem-se as circunstâncias da chegada da obra a Portugal, não sendo certo que tenha feito parte da coleção do humanista Damião de Góis, como algumas vezes é referido.